palavras de outros
Everything that is really great and inspiring is created by the individual who can labour in freedom.
Small is the number of them that see with their own eyes and feel with their own hearts.
Albert Einstein
(PA)
Those who keep saying that some things are impossible
shouldn't interrupt the ones who are trying it.
(PA)
A ship was carrying a cargo of yo-yos,
bound for San Francisco from Hong Kong.
It was hit by a typhoon
and
sank twenty-three times.
(PA)
Therapy helps,
but screaming obscenities is cheaper.
LOMO
The 10 golden LOMO rules:
1. Take your LOMO with you wherever you go
2. Use it all the time, at any time - day & night
3. Lomography does not interfere with your life, it's a part of it
4. Get as close as possible to the objects of your lomographic desire
5. Don't think (William Firebrace)
6. Be fast
7. You don't have to know what's going to be captured on your film beforehand
8. You don't have to know what's on the film afterwards either
9. Shoot from the hip
10.
Don't worry about rules
If you expected to see a lot of pictures of me, you'll probably get disappointed, I'm on the wrong side of the camera on most of the shots.
miguel arroz
>>CARO AMIGO, NECESSITO DA SUA AJUDA, TENHO UM G4
>>E TENHO UM PROBLEMA QUE NÃO SEI
>>COMO RESOLVER O MONITOR ESTÁ CHEIO DE TRAÇOS TIPO PICOTADO.
>>QUAL SERÁ A AVARIA?
>>ACEITO SOLUÇÕES
>>OBRIGADO
>
>>NUNO
>Viva!
> Sugiro tambem que arranje o Caps Lock...
> Cumprimentos
>Miguel Arroz
(PA)
Alibi:
Something that proves
that you were in two places
at the same time.
Mark Twain
Primeiro conheça a verdade.
Depois,
distorça-a a seu gosto.
Luís Afonso
NA GARAGEM
NA GARAGEM
Por
NUNO PASSOS
Sábado, 17 de Janeiro de 2004
Pedro Lá-Mi, Marlon Fá-Si, Juary dos Santos e DJ Sun estão de regresso
após seis anos de ausência. Os quatro personagens que formam os Mini Drunfes foram até ao Zoo de Lisboa para baralhar e voltar a dar histórias sem papas na língua, gozando com os podres da sociedade nas entrelinhas "rap/hardcore" do tema "Mãe da Foca (Mainda Foka)".
Os putos reguilas de Braga - que
deixaram os onze anos de idade e estão agora com treze, à espera que cresça a barba, os pêlos nas costas e à descoberta das zonas pilosas das miúdas - já faziam falta.
A história voltou a ser desfiada tal como começou nos anos 90. A Rádio Universitária do Minho (RUM) relançou no final de 2003 o convite aos músicos bracarenses que dão corpo ao projecto Mini Drunfes - e que continuam a primar pelo anonimato -
para, de alguma forma, lembrar o espírito do programa "O Roxo Urubu", mantido no ar durante alguns anos. O baú de memórias foi ontem reavivado na RUM, com entrevista e o novíssimo "Mãe da foca", feito por encomenda mas com o espartano recado burlesco dos arrumadores marginais, das prostitutas do metro e dos animais do zoo com pescoço e tromba de personalidades políticas.
O projecto Mini Drunfes até nem era bem um projecto. Era uma brincadeira pegada de um grupo de amigos. Nas entrelinhas, faixas como "Guguinaites Spirinaites" e "Ele é o Gay" acabaram por ditar a moda e a autarquia abriu os cordões à bolsa, contribuindo com 500 contos para as mil unidades do álbum debutante "Tudo Bons Alunos" (1996), editado pela Matéria Prima. Inesperadamente, o disco satírico passou a ser massivamente copiado na clandestinidade, e para todos os gostos: em cassete, CD e mp3.
Uma das canções vestia o "hit" "Zombie", dos Cranberries, com o título "Dá bué [a construção civil]". A contestação clara à construção civil e a eventuais compadrios entre os empreiteiros e o papel da câmara na definição da política urbana do betão não deixou dúvidas para "O Independente" e "O Expresso" - a acusação era inteirinha para o edil Mesquita Machado. Os Mini Drunfes passavam a estar na agenda política, tendo mesmo recusado um convite para participar n'"A Noite da Má Língua", na SIC.
Entretanto, definiam também a agenda cultural. O colectivo fez uma dezena de concertos, passando por Paços de Ferreira, Póvoa de Lanhoso, Braga, Guimarães, Gaia e, especialmente, Porto, no palco da Queima das Fitas, ao lado de Amarguinhas e Lunáticos.
Depois, veio a saída do mapa. "Passamos para outro mapa, Nova Bracarae Augusta Descriptio, a nossa cidade no ano 1594, onde pescávamos trutas no rio Este. Esta deslocação inseriu-se no plano secreto de descoberta da primitiva fórmula herbal que deu origem ao actual serodrunfe", explica o adolescente Pedro Lá-Mi, cuja banda preferida são os nativos das Ilhas Salomão.
Mas... serodrunfe? "É uma substância química criada a partir de uma fórmula natural que remonta a D. João Peculiar [séc. XII] e cujas moléculas se projectam na quarta dimensão, e talvez na quinta e sexta, sábado e domingo. É um drunfe seropositivo, e induz no consumidor um processo de degradação física que nunca se torna terminal, tal como Aquiles nunca apanha a tartaruga.
A extensão megadimensional do produto confere ao consumidor um enorme poder, que pode ser usado para o mal, como no caso do Governo." Com a idade, os putos ficaram intelectualmente incorrectos.
(PA)
If money could talk,
it would say "goodbye".
(PA)
"I don't do .INI, .BAT, or .SYS files. I don't assign apps to files.
I don't configure peripherals or networks before using them.
I have a computer to do all that.
I have a Macintosh, not a hobby."
eu não, mas quero
PA
> "Obrigados". Por sugestão do Pedro Aniceto já procurei e encontrei um
>emulador do ZX Spectrum. Mas agora tenho outro problema: não encontro
>os meus velhinhos manuais de BASIC para Spectrum e gostava de saber se
>existe alguma edição em PDF on-line ou qualquer coisa do género. è que
>a cabeça já não se lembra daquela sintaxe toda.
> Estimo-muito-é-o-que-eu-desejo.
> Pedro Cavilhas
10 For n=1 to 1000
20 Gosub GOOGLE
30 Next n
40 Google
45 Input chr$ z ""
46 If z="zx spectrum manual" then goto 70
50 Return
60 Rem USA A CAROLA PÁ!!
70 Print at 10,10 "Deu muito trabalho, não deu?"
carla
(...)ouvi dizer que tentaram mas,
ao que parece,
não são assim muito amigos de ninguém muito importante,
quero dizer,
daquele género de criaturas
que fazem rabiscos num qualquer canto das páginas.(...)
(PA)
I no longer get lost in the shuffle...
I shuffle along with the lost.
(PA)
All mushrooms are edible.
Some of them just once.
(PA)
All mushrooms are edible.
Some of them just once.
(PA)
If knowledge is power,
and power corrupts,
and corruption is crime,
and crime doesnt pay...
Does knowledge,
in the end,
leave you broke?
(PA)
Never argue with an idiot.
They drag you down to their level
and then
they beat you with experience.
(PA)
I used to be Schizophrenic, but we're better now.
António Gedeão
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
In Movimento Perpétuo
(PA)
Leftists are among the first to speak of their rights.
(PA)
Life would be a lot easier if I had the source-code.
Mão Morta
PENSO QUE PENSO
Caminho em silêncio
Distraído por um pensar
Que me turba o andar
Penso que penso
E fico a ouvir-me a pensar
Que penso que penso
Este pensamento
Torna-se um tormento
Penso que penso
Que penso que penso
Sempre o mesmo a dobrar
Como vozes a segredar
Penso que penso
Que penso que penso
Que ainda vou flipar
Flipar
ESTOU FARTO DE MIM ESTOU FARTO DE MIM
ESTOU FARTO DE MIM ESTOU FARTO DE MIM
Já não posso mais andar
Com tanta voz a murmurar
Levado pelo vento
Penso que penso
Que penso que penso
Que penso que penso
E se penso em parar
É mais um pensamento
Que me fica a ecoar
Outra voz a segredar
Outra voz a murmurar
Murmurar...
Murmurar murmurar murmurar murmurar murmurar murmurar murmurar
Murmurar murmurar murmurar murmurar murmurar murmurar murmurar
ESTOU FARTO DE MIM ESTOU FARTO DE MIM
ESTOU FARTO DE MIM ESTOU FARTO DE MIM
Mão Morta
TU DISSESTE
Tu disseste "quero saborear o infinito"
Eu disse "a frescura das maçãs matinais revela-nos segredos insondáveis"
Tu disseste "sentir a aragem que balança os dependurados"
Eu disse "é o medo o que nos vem acariciar"
Tu disseste "eu também já tive medo. muito medo. recusava-me a abrir a janela, a transpôr o limiar da porta"
Eu disse "acabamos a gostar do medo, do arrepio que nos suspende a fala"
Tu disseste "um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro por descobrir"
Eu disse "..."
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Tu disseste "agora procuro o desígnio da vida. às vezes penso encontrá-lo num bater de asas, num murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon. escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo. depois queimo tudo e prossigo a minha busca"
Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Mão Morta
O DIVINO MARQUÊS
Era uma vez, há muitos, muitos anos, um velho Marquês, a quem os seus pares chamavam divino, o Divino Marquês. Ora este Marquês, apesar de conhecido em todo reino pela violência com que afrontava a tirania moral do seu tempo, passeando um dia por Braga «a idólatra, o seu esplendor», ficou hospedado em casa da Sra. de Noronha e Vaz, uma burguesa beata e alcoviteira, mas para quem um Marquês, por mal afamado que fosse, oh oh... era sempre um Marquês!
A Sra. de Noronha e Vaz tinha uma filha, bela e prendada donzela na candura das suas dezoito primaveras, entregue aos cuidados espirituais da madre superiora do Convento das Carmelitas, a quem confiara uma educação casta e temente a Deus. No entanto, iludindo a confiança em si depositada, a madre superiora, iniciada ainda noviça nos prazeres da carne pelo Divino Marquês, há muito que vinha incutindo em Clotilde, assim se chamava a menina de Noronha e Vaz, os desejos mais desbragados. Foi pois sem surpresa, e até com bastante satisfação, que quando correu a notícia da presença do Divino na cidade, acolheu as súplicas da sua educanda para que tão nobre personagem lhe fosse apresentado. Ciente de que tal não desagradaria ao Marquês e orgulhosa dos ensinamentos ministrados a Clotilde, a madre superiora tratou de, sem mais delongas, lhes aprontar um encontro.
Entretanto, a Sra. de Noronha e Vaz, jubilante por albergar em seus domínios tão ilustre membro da aristocracia, iniciara preparativos para uma grande festa em sua honra que, a pretexto de o apresentar à sociedade bracarense, se revelava a ocasião propícia para ela própria se mostrar influente e bem relacionada. E ademais, não menosprezando a fama que sempre o acompanhava, o evento até podia proporcionar excelentes deixas à sua carente alcovitice. Foi pois assim, envolta nestes pensamentos e disposta a nada perder, que, chegado o dia da grande festa, se armou de todos os cuidados para discretamente, enquanto simulava instruções a dar aos criados, observar o galante Marquês e a forma despudorada como as convidadas, das mais insuspeitas, descobriam em qualquer futilidade motivo para dele se aproximarem e entabularem conversa.
Como as horas fossem passando e do comportamento dos presentes não emanasse alteração significativa, a Sra. de Noronha e Vaz, desalentada com um enredo tão pouco substancial, deixou-se tomar por intensa modorra, o que levou os convivas a despedirem-se e o Marquês a recolher aos seus aposentos. Alarmada com o que provocara, achou por bem apresentar imediatas desculpas do sucedido ao seu hóspede e, com esse fito, dirigiu-se apressadamente à ala norte do palácio, onde o aposentara por ser a mais afastada das serventias e a que melhor preservava a integridade das suas libações nocturnas. Qual não foi, porém, o seu espanto, quando chegada à antecâmara do Marquês, que julgava só, lhe pareceu ouvir o que juraria serem vozes femininas. Disposta a esclarecer a singular ocorrência, aproximou-se cautelosamente da porta e, juntando um olho ao orifício da fechadura, espreitou para o interior do quarto, não conseguindo abafar, quase de seguida, um grito de espanto. É que esparramada no leito do Divino, quase irreconhecível sem o costumeiro hábito a compor-lhe a silhueta, entreviu a madre superiora, entregue a práticas muito pouco consentâneas com a sua condição de amparo espiritual da cristandade.
- Quem vem lá? - perguntou a inocente voz de Clotilde. A Sra. de Noronha e Vaz, ainda mal refeita do que acabara de observar, ao ouvir a voz da sua amantíssima filha, teve um estremecimento e, lívida de desespero, tombou para dentro do quarto.
- Olha, olha: é a senhora minha mãe! - exclamou, jocosa, Clotilde - Vem certamente juntar-se a nós e connosco partilhar as terrenas delícias que de si tão arredadas têm andado - acrescentou, preversa, para os seus companheiros de alcova.
- Clotilde! Minha filha! Não posso crer no que os olhos me mostram! - murmurou, em estado de choque, a Sra. de Noronha e Vaz - Dizei-me, dizei-me que não é verdade! Que tudo não passa de um mal entendido, de uma torpe ilusão do mafarrico!
- Senhora minha mãe: pretendeis negar a realidade, como aliás sempre negásteis a vida, mas não o consentirei. Olhai! Olhai bem o que faço com este belo sexo que tanto gozo me dá! Vêde! Vêde bem, para que estas imagens jamais vos abandonem a retina! - atalhou desafiadoramente Clotilde. E, dizendo isto, sentou-se sobre o Marquês que a esperava de mastro garbosamente desfraldado.
- Não, não é verdade! Não reconheço em vós a minha Clotilde, que tão castamente eduquei, balbuciou em pranto a Sra. de Noronha e Vaz e, virando-se para a madre superiora - É a vós! É a vós que eu devo esta afronta de ver a minha inocente filha transformada na viciosa mais ordinária! Mas vós... vós haveis de ma pagar!
- Senhora minha mãe! - interveio, do seu poleiro, Clotilde. Estou a ver que aqui viésteis para nos tentar causar aflição. Sabei, no entanto, que não o conseguireis. E de castigo, pela ameaça que acabais de proferir, irei em vós executar aquilo que, há momentos, o Divino me contou: vou cozer-vos o sexo!
- Não, não... que horror! Não é possível! Gerei um monstro! Um monstro! A minha própria filha! - gritou, em pânico, a Sra. de Noronha e Vaz.
- Agarrem-na! - ordenou Clotilde.
(PA)
Why is it called tourist season if we can't shoot at them?